Monday, February 2, 2009

Só no sapatinho















Quem imaginaria que a recuperação do setor calçadista viria justamente em momento de crise financeira global?
Poucos. Nem a Associação Brasileira das Indústrias de Calçados ( o Brasil ocupa o terceiro lugar no ranking dos maiores produtores mundiais de calçados e também de couros) arriscou um pronunciamento antes do Carnaval. Prefere avaliar as perspectivas para 2009 depois das primeiras negociações do ano, por conta das indefinições de câmbio.
As variações mantendo-se em níveis realistas leva ao crescimento das exportações na segunda metade do ano.

As transformações do cenário contudo seguem outro ritmo, especialmente quando o grande player, a China, está em ação.
Ironia do destino, foi pelas mãos ( na verdade milhares delas, que compõe a mão-de-obra barata) chinesas que o Brasil há mais de uma década perdeu poder competitivo no setor. E é pelos passos do primeiro-ministro chinês Wen Jiabao em vista à Londres que o mesmo segue tedência iraquiana aparecendo em lugar de destaque ( menos na mídia chinesa) durante discurso proferido na Universidade de Cambridge.

Engana-se quem pressupõe que o ministro dedicou sua visita para tratar de questões concernentes ao setor calçadista. Mesmo sem qualquer menção, é inquestionável a importância que sapatos e tênis adquiriram, em especial no último semestre na expansão da propagação não convencional do utilitário.
Nem mesmo os mais visionários e fashionistas cogitaram a importância que eles exerceriam não apenas no cenário da moda.

O vídeo do youtube mostra momento "só no sapatinho" contra o premiê chinês, que entra com muito glamour para a galeria internacional dos alvos da sapatada.


O nicho de mercado está criado, a confecção de possantes que além de atender os requisitos do conforto e da moda possam ainda fulgurar nas Sapatadas com elegância, despojamento e atitude.

Em pensar que todo este sapateado pré-Carnavalesco aconteceu em terras que nem tradição pelo samba nem pela festa pagã possuem.

:: Em tempo::

- Portugal foi o único país europeu com um saldo comercial positivo no setor de calçados, com índice de exportação superior a 90% da produção para os mercados da Europa.
Segundo a APICCAPS (Associação Portuguesa dos Industriais do Calçado, Componentes, Artigos de Pele e Seus Sucedâneos), nas últimas décadas a participação da Ásia na produção mundial aumentou para mais de 80% e o peso do continente no consumo subiu também significativamente, para 43%. Em contrapartida, os mercados asiáticos não se abriram nas mesmas proporções às empresas estrangeiras.

-Apesar do Brasil fechar o ano de 2008 com exportações abaixo do esperado - US$ 1,881 bilhão, redução de 2% em relação a 2007.
O setor calçadista brasileiro terá R$ 52,3 milhões para utilizar até maio de 2010 em ações de promoção comercial dentro do Programa Setorial Integrado de Promoção às Exportações de Calçados. O convênio, foi assinado pelos presidentes da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) e da Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados).
E tem como objetivo principal ampliar a participação do calçado brasileiro no mundo, expandindo a base exportadora e abrindo novos mercados de destino. Além disso,o Brazilian Footwear (BF) visa consolidar a venda nos países já conquistados, aumentando as exportações de calçados com valor agregado.
Mercados-alvo: foram escolhidos dez mercados alvos e a meta é a ampliar as exportações para esses países: Alemanha, China, Colômbia, Emirados Árabes, Espanha, Estados Unidos, França, Hong Kong, Itália e Reino Unido.

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