Sunday, August 21, 2011

DocBrazil Festival II !!


DocBrazil Festival chega à sua II edição na China
O multiculturalismo brasileiro retratado em 7 documentários por 4 cidades



A 2a edição do DocBrazil, o primeiro festival de documentários brasileiros realizado na China, está de volta às principais cidades chinesas com 7 documentários e um programa paralelo de atividades mais ambicioso. Ciclo de palestras, intervenções artísticas e música ao vivo são as novidades desta edição do DocBrazil. Confira todos os detalhes no site do festival: www.docbrazilfestival.com

Na capital Chinesa, Beijing, o DocBrazil Festival terá destaque como uma das principais atrações internacionais do Festival 789, o maior evento dedicado ao público jovem em Beijing que há 5 anos reúne cerca de 30 mil espectadores entre os 35e os 15 anos.

Os títulos selecionados para a segunda edição do Festival apresentam temas ligados a diversidade cultural brasileira, a ruptura de estereótipos e o papel do Brasil no século XXI.

"O céu nos observa", "Satélite bolinha" e "O som do tempo" é um trio inovador de webdocumetários acerca do impacto das novas tecnologias na participação individual e coletiva na vida real e virtual.

Futebol, samba e capoeira - o trio embaixador por excelência do Brasil no mundo – tem destaque em "Ginga, a alma do futebol Brasileiro", um documentário que revela a influência antropológica e cultural do samba e da capoeira no desenvolvimento do futebol Brasileiro como uma arte singular.

“De dentro da sua paisagem” evoca a experiência estrangeira no Brasil quando 3 jovens Franceses intercambistas compartilham as suas aventuras e impressões no processo de adaptação e de afeição aos elementos da cultura Brasileira durante o período de um ano.

O DocBrazil Festival traz ainda reflexões sobre o espaço físico de uma grande metrópole ( São Paulo) e a intervenção artística de um grafiteiro ( Zezão) em lugares tidos como invisíveis, uma proposta incomum que convida cada morador da cidade a repensar os laços entre os processos de desenvolvimento e decadência arquitetônico e a influência exercicida no modo de vida.

Além do " O que a gente não inventa nâo existe" que conta a história do pernambucano Ademar Casé, o homem que revolucionou a história do rádio no Brasil.


DocBrazil Festival e Raffles-BIFT International College mantém a parceria e repetem a experiência de oferecer uma coleção exclusiva de pôsters criados por uma equipe de designers chineses e estrangeiros estabelecidos na capital chinesa. O propósito? Descobrir através da percepção da equipe qual é a imagem que Brasil contemporâneo transmite.

Fiel ao conceito de plataforma criativa que supera uma experiência cinematográfica, o DocBrazil Festival continua a crescer em parcerias e atividades paralelas para envolver cada vez mais públicos no encontro e reinvenção da percepção do Brasil e dos Brasileiros no mundo.

Para maiores informações visite o site do Festival: www.docbrazilfestival.com
Nossa Comunidade no Facebook: http://www.facebook.com/#!/pages/DocBrazil-Festival/137082486342908
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Thursday, December 9, 2010

DocBrazil Festival, o primeiro Festival de Documentários Brasileiros a ser realizado na China



Depois de 6 anos morando na China, decidi que já era hora de realçar o real teor de beleza do Brasil em imagens.Em visões documentadas de modo a propiciar uma relação de maior proximidade do público, em especial o público chinês, para com este “gigante pela própria natureza”.

No exercício de mostrar sem agredir, no sentido de respeitar as sutilezas morais e éticas próprias do universo chinês. E por outro lado, o compromisso de mostrar o Brasil e suas nuances.

Tendo como proposta a de promover os bens culturais brasileiros respeitando nossa principal característica, nosssa diversidade cultural. Surge o DocBrazil.
Para preencher lacunas, criar novas platéias,superar estereótipos e para aproximar e fomentar os intercâmbios culturais.

Para esta primeira edição em especial, o critério foi o brincar de desconstruir as referências caricatas através da própria figura estereotipada( como no documentário de Patrício Salgado, “Sou negro não sei sambar”, que aparece para esclarecer que nem todo brasileiro nasce sambando).
E literalmente ultrapassando as fronteiras e “Margens” e mostrando os tantos “Brasis “ possíveis.

Cada um dos 8 documentários selecionados ( veja a lista completa no site www.docbrazilfestival.com) desempenha um papel importante dentro do Festival.
Todos eles proporcionam uma reflexão das semelhanças e disparidades, não apenas no patamar das comparações entre as simetrias e assimetrias entre Brasil e China ( ambos vastos geograficamente e com a característica da pluralidade cultural e etnica tão díspares dentro de seus territórios), mas em especial da condição humana.
São estas as relações que me interessam, as relações com as pessoas, e por conta delas surgiu o Festival.

Que além da exibição dos documentários terá ainda uma mostra de Pôsters criadas especialmente por uma equipe de designers formada por chineses e estrangeiros, todos do Raffles Desing Institute Beijing.

Abro um parêntesis aqui, para dizer que sem dúvida esta paceria com a Raffles foi uma das fases mais bacanas de todo o processo de organização do DocBrazil.
As sessões prévias de todos os documentários para a equipe, os debates e a percepção através da impressão de cada um, sobre aspectos e referências tão familiares para mim acerca do Brasil sob uma perspectiva completamente nova ou inusitada. Foi realmente especial, e até agora o momento mais prazeiroso deste longo processo que já leva quase 1 ano.

Para os interesados e curiosos em ver o resultado deste trabalho, a boa notícia, em breve todos os Pôsters estarão disponíveis no site do DocBrazil assim como as fotos do Festival na cidade de Beijing ( próximo final de semana, dias 18 e 19 de dezembro).

Para quem estiver em Guangzhou, o DocBrazil aproveita a configuração laica da China e realiza entre os dias 25, 26 e 27 de dezembro o festival.
Em Macau, nos dias 21 a 23 de Janeiro.
E na sequência, Shenzhen, Hong Kong e Shanghai.

Lembrando que o DocBrazil Festival é resultado de uma inquietação pessoal. Desempenha um papel importante no que tange a promoção cultural do Brasil na China, mas poderia ter uma importância ainda maior, mais representativa e significante no território chinês se além de meu, o projeto fosse também das empresas brasileiras já presentes na China ou interessadas em associar a imagem a um projeto pioneiro no país.

Wednesday, June 24, 2009

E hoje já é outro dia

Eu amo tudo o que foi,
Tudo o que já não é,
A dor que já me não dói,
A antiga e errônea fé,
O ontem que dor deixou,
O que deixou alegria
Só porque foi, e voou
E hoje é já outro dia.
-Fernando Pessoa, 1931-


Não só porque é hoje, mas a impressão é de que por aqui sempre é um outro dia.
Dias rápidos que levam metade das folhas do calendário num despertar.
Rodopiou-se e da estação passada nada restou. Prefiro assim, poucas peças, flores vivas.

A cidade nos reserva anseios típicos a cada estação. Como resisitir a temporada toda sem um ir a um terraço, sem as lichias ou longe do lago?
Por outro lado, deixa sempre à disposição faça chuva faça sol as dores e delícias de todos os dias.
A equipe do ZP686, retratou deliciosamente na animação abaixo uma das singelas dores rotineiras de Beijing, quase quase um ritual de iniciação.

胖子机车 Fat Man Motor from dealchina on Vimeo.

Friday, May 29, 2009

À margem de nós mesmos

Não é porque 2009 será o ano de todos os aniversários, mas porque 2008 foi o ano de todos os convidados.

Entre preparações e festas há sempre o receio. Em especial depois de um grande espetáculo esportivo com todas as nações mostrando seus melhores desafios superados.
E então o temor do fiasco.

Holofotes ainda em foco, iluminando desta vez a passagem dos anos.
A história que não querem ouvir e sempre há alguém a contar. A quinquagésima insureição, o primeiro ano após o tremor de terra, logo mais os vinte anos da Praça...

No interim destas passagens todas, calculamos nós aqui também os dias que começaram sem youtube e seguiram sem blogger.

O desconforto maior entretanto fica mesmo com os dedos pujantes em riste dos que de fora assistem como se dentro estivessem. Sempre munidos de mais pontos vindos das muitas versões dos tantos contos.

Sim à liberdade de expressão. Desde que resulte da manifestação social dos processos evolutivos do país em si, em detrimento à vontade egocêntrica e impiedosa de outras fronteiras, que muitas vezes na ânsia pelas democracias todas se perdem em discursos déspotas.

Antes que mais alguém se perca, acho trecho do Pessoa que nos ensina a arte da travessia:


“Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas e esquecer os caminhos que nos levam sempre aos mesmos lugares.
É o tempo da travessia: e, se não ousarmos fazê-la, teremos ficado, para sempre, à margem de nós mesmos.”



Ps: temporariamente sem fotos, atalhos contra proxys são bons mas ainda não fazem milagres.

Sunday, April 5, 2009

Peixe ou Frango?



É preciso decidir entre um e outro, para o dia 18 de abril, data da comemoração do centésimo dia de vida da pequena Sophia.
Sophia é 100% made in China apesar da mãe ser brasileira com descendência chinesa.
Ainda nem engatinha mas já transita nos dois universos que a rodeia e traz à tona escolhas inusitadas como a do levar peixe ou frango.
Ainda não fiz minha escolha, apesar de já confirmar presença na festa que será numa churrascaria brasileira.

Analiso o caso, a ocasião, a estação climática e concluo que Sophia já nos traz posicionamentos culturais próprios dos genes sino-brasileiros que carrega.
É que na verdade pouco importa se levarei peixe ou frango, a pequena já é maior do que estas limitações.
É peixe, frango e carne bovina.


:: Peixe ou Frango? ::

Segundo a tradição chinesa, o centésimo dia do bebê é celebrado com a presença dos familiares e amigos que devem levar peixe ou frango para a casa do convidado.
Frango: quando estiver cozido, esfrega-se a língua do frango no lábio do bebê ( eca!) para fazer da criança um bom orador.
O peixe tem a função de servir de petisco para a gentarada que espera o processo do frango ser cozido e despedaçado.



*Foto: Anne Geddes